Fernao de Magalháes é, seguramente, o portugués mais conhecido da história. A viagem extraordinária que empreendeu ao servico de Carlos V de Espanha, fecha a era dos descobrimentos e revela a dimensáo do mundo á cultura do Renascimento. O seu nome aparece hoje nas mais diversas situacoes: Nuvens de Magalháes, estreito de Magalháes, Oceano […]
A vida e a viagem de Fernáo de Magalháes

Nov 15, 2011

 

Fernao de Magalháes é, seguramente, o portugués mais conhecido da história. A viagem extraordinária que empreendeu ao servico de Carlos V de Espanha, fecha a era dos descobrimentos e revela a dimensáo do mundo á cultura do Renascimento. O seu nome aparece hoje nas mais diversas situacoes: Nuvens de Magalháes, estreito de Magalháes, Oceano Pacífico — antes conhecido como Mar del Sur, corno Ihe chamou Vasco Nunez de Balboa, primeiro europeu a avistó-lo — nome que o navegador Ihe deu depois de urna travessia sem tempestades, pinguins de Magalháes, Sonda de Magalháes, que explorou o planeta Vénus, urna das crateras da lua também Magalháes…

O objectivo que Magalháes se propunha era o de chegar ás ilhas Molucas, das especiarias, navegando para ocidente — que Colombo nao conseguiu, esbarrando nas ilhas caribenhas e nunca admitindo o erro — sempre na metade do mundo que o Tratado de Tordesilhas reservou aos espanhóis.

A importancia das especiarias pode aferir-se pela carta de 17 de Setembro de 1518 de Pietro Marture d’Anghiera aos marqueses Luis Hurtado de Mendoza e Pedro Fajardo Chacon: “Se a expedicáo de Magalháes tiver éxito nós tiraremos aos Orientais e ao rei de Portugal o comércio destas especiarias e pedras preciosas que efeminam os homens.”

A Armada das Molucas, financiada por banqueiros e Carlos V, era composta por cinco navios com tripulacóes de origem europeia muito diversa. A nau capitanea, Trinidad, era comandada por Fernao de Magalháes, as restantes tinham capitáes espanhóis. A desconfianca sobre o portugués, com carreira de armas enavegacáo ao servico do rei D. Manuel, principalmente na India, era multa, concretizada em conflitos, o mais violento na Bala de San Juan, onde a armada tinha fundeado para passar o inverno austral, ainda no Atlántico. 1520, finais de Marco, Páscoa: a armada passa os 49 graus sul, multo abaixo do Cabo da Boa Esperanca, até entáo o ponto mais meridional alguma vez tocado por um europeu. Juan de Cartagena, capitáo da San António, encabeca a revolta com os comandantes Mendoza e Quesada das naus Victoria e Cocepcion tomando a nau de Mesquita, parente de Magalháes.

A experiencia adquirida com D. Francisco de Almeida e Afonso de Albuquerque, vice-reis da india, sangue frio e uma boa avaliacáo dos adversários, revelam-se determinantes para dom finar a revolta. Os revoltosos sao torturados, julgados e condenados á morte. Cartagena, suposto filho natural do influente bispo de Burgos e Calmette, sacerdote francés, sao desterrados nestas terral inóspitas.

E a viagem prosseguiu até á feliz descoberta da passagem para o Pacífico — o “Canal de Todos os Santos”, como o baptizou Magalháes. A travessia, 560 km de extensa°, será urna proeza na arte de navegar. “A passagem é tao labiríntica, tao imprevisível, do inquietante que apenas duas outras expedicoes, entre dezenas de naufrágios e falhancos, conseguiram vencer esta via aquática. Jufré de Loaísa, em 1526, ainda com dois membros da expedicáo de Magalháes — Sebastian Delcano e Fernando Bustamante, a indicar o caminho — e o corsário inglés Francis Drake, em 1578, que seguindo as indicacóes dos diários dos pilotos de Magalháes, será o segundo capita() a concluir a circum-navegacao do globo.

A armada entra no Pacífico, oceano que náo existia nos mapas de entáo; sobe a costa do actual Chile até se internar naquele mar imenso. 3 meses e 10 dias dura a travessia, mortos pelo escorbuto, muitos. As ratazanas atingem presos elevados pela preméncia de matar a forre. A 6 de Marco de 1521, finalmente terra, arquipélago das Marianas, na Micronésia, ilha de Guam. Depois é a descoberta das Filipinas. É em Limasawa que se dá importáncia ao escravo de Magalháes, Henrique, tripulante da armada, que conhecia a língua dos nativos, embora fosse natural de Malaca. E ele, sim, é o primeiro homem a completar a circum­navegacáo do planeta.

Também em Limasawa se celebra a primeira missa. Magalháes é, pois, o iniciador do cristianismo católico neste país asiático. Lapu Lapu, cacique da ilha de Mactan, desafia Magalháes, que ameacara castigar quem náo obedecesse a Huambon, rajá de Cebu, já convertido mais a rainha e poyo, ao cristianismo.

Como pode Magalháes, homem avisado, cometer tantos erros que o levaram á morte? Ou ao suicídio?

A nau Victoria será a única a chegar a Espanha a 6 de Setembro de 1522, comandada por Delcano, mais 17 sobreviventes dos 260 que iniciaran a viagem em San Lucar a 21 de Setembro

Profesor Abilio Travesas

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