Na margem esquerda do rio Douro,entre a chamada Serra do Pilar e o Monte Candal, descobre-se em anfiteatro o casario de Vila Nova de Gaia, tradicional entreposto de exportação dos vinhos (generosos) Porto do Alto Douro. Aí se encontram as grandes casas exportadoras: Portuguesas, Inglesas e agora também Francesas e Espanholas, com os seus armazéns enormes, […]
Viagem ao Douro

Nov 6, 2011

Na margem esquerda do rio Douro,entre a chamada Serra do Pilar e o Monte

Candal, descobre-se em anfiteatro o casario de Vila Nova de Gaia, tradicional

entreposto de exportação dos vinhos (generosos) Porto do Alto Douro.

Aí se encontram as grandes casas exportadoras: Portuguesas, Inglesas e agora também Francesas e Espanholas, com os seus armazéns enormes, com espaços para degustação e grandes caves nas quais ciosamente guardam milhões de garrafas das mais apuradas reservas e vintages desse precioso néctar.

Vila Nova de Gaia teve o seu foral no séc. XIII,depois de alguns problemas entre

os reis afonsinos e os prelados da diocese portucalense. A cidade, que conta actualmente com aproximadamente 302.000 habitantes, é considerada um genuíno prolongamento da cidade do Porto que lhe fica em frente.

Gaia é também terra natal de grandes escultores: Soares dos Reis que dá o seu

nome a um museu; António Teixeira Lopes, 1866-1924; Augusto Santos 1866-1907;

Mestre Fernando Sá 1874-1956 e também outros pintores e poetas famosos.

Dos cais de Gaia largamos às 8h30m da manhã fria, do dia 21-09-2011 quarta-feira, Douro acima,passando sob as belas pontes metálicas de D.ª Maria e D.Luís, até às barragens de Crestuma/Lever e Carrapatelo e às eclusas que assumem os seus nomes.

No Carrapatelo, a eclusa resolveu não fechar totalmente e aí ficamos retidos

cerca de uma hora e meia.Aproveitamos, assim, para um almoço sem barulho de

motores, com a calma dos navegadores à espera que o vento sopre.

Depois de libertos, com mais caipirinhas e uns portos, em águas tranquilas,

arrivamos à Régua, onde alguns romances terminaram com despedidas apressadas, tal era o enlevo.

       Mais uma eclusa nos esperava no caminho, Bagaúste, cujo desnível de 35metros nos deu passagem para o Pinhão que nos permitiu, na Academia de Vinho “Vintage House”, tomar contacto com o ensino de bem apreciar o “generoso” vinho do porto, na sua diversidade, alma, cor e sabor. Devendo dizer-se que em apreciação dos diversos confrades escutados obteve a nota 17 na escala de 0 a 20.

No Pinhão, tivemos transfer de autocarro e lá fomos pelos caminhos do Senhor

até ao Solar dos Canavarros, em Sabrosa, onde tivemos um merecido jantar e uma doce dormida.

Sabrosa, há quem o diga, é o berço ou nascimento do navegador Fernão de

Magalhães, onde junto ao seu monumento, fizemos uma fotografia de grupo.

Quinta-feira 22-09-2011

Fomos à Quinta do Seixo, almoço maravilhoso no restaurante D.O.C. e depois    

de uma bela visita ao Solar de Mateus e passar pelos jardins, infelizmente com alguma

pressa, damos por nós, frente ao Palácio.Nasoni, seu arquitecto. No interior é toda uma história de vida do morgadio inicial e eis-nos na espantosa biblioteca: aqui encontramos chapas originais de Fragonard e Gérard para a edição d’Os Lusíadas. Deixamos este majestoso edifício e já na rua, surge-nos na sua carrinha cinzenta, atulhada de mil coisas e ideias o nosso conferencista, Abílio Travessas, cuja “charla” sobre Fernão Magalhães a todos encantou na sexta-feira dia 23-09-2011,da qual mais à frente, deixaremos um excerto para abrir a discussão possível sobre o tema.

Antes, antes demais, teremos que falar do almoço na Quinta do Crasto, almoço

que nos levou a entardecer degustando aquele vinho maravilhoso que nos ofereceram a par do Bacalhau e do Caldo Verde.

Obrigado Roquettes por tão bem nos receberem.

O nosso agradecimento ao António Roquette pela fantástica viagem, por estes socalcos cobertos de vinhas de cima a baixo, suportadas por muretes de xisto e estradas que de curva em curva nos assustam, mas que nos espantam com tantas cores que nos entram olhos adentro e que nenhuma pintura consegue reproduzir.

   Da Quinta do Crasto, tarde alta, descemos para a margem do Douro, onde apanhamos o comboio, vindo do Pinhão, para o nosso regresso e final de viagem.

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